quarta-feira, 23 de maio de 2007

23-M: Jornada Europeia de Luita contra Bolonha. A crónica

Hoje, 23 de Maio de 2007, é um dos pontos finais do ano em que se materializa todo o trabalho da Coordenadora e das assembleias de faculdade. Sem todo este trabalho, construído por todas e todos, a Jornada de hoje nom teria sucesso.
A Jornada começou desde primeira hora da manhã com piquetes de agitaçom nas faculdades informando da manifestaçom e do porquê estamos contra Bolonha e o processo de mercantilizaçom do ensino universitário.

Ler mais...
Às 12h30 deu começo a concentraçom diante da Reitoria, na praça do Obradoiro, onde nos concentramos por volta de 80 companheir@s das assembleias e faculdades. Esta foi umha das maiores manifestaçons que figemos neste ano, quanto a número de assistentes, mas também quanto à diversidade de companheir@s: de pessoas que trabalhárom desde o começo na Coordenadora até novas caras que recentemente se unírom à denúncia do EEES.
Aos 20 minutos de começar a concentraçom a Reitoria fechou as portas, impedindo-nos a entrada e evitando, como nas anteriores manifestaçons, que tentássemos aceder ao Reitor, Seném Barro, para pedir explicaçons e fazer ouvir a nossa voz.
A continuaçom, marchamos até a praça da Galiza, cortando o trânsito. Por espontaneidade popular, ocupou-se a sede do PSOE, responsável a nível estatal e galego da implementaçom do processo de Bolonha no Sistema Universitário Galego. A manifestaçom continuou até o Câmpus Sul e finalizou diante do Banco Santander presente nele com umha companheira de Física dando leitura ao manifesto que reproduzimos a seguir.
Após a manifestaçom, houvo um jantar-convívio na Gentalha do Pichel e a projecçom de um vídeo sobre a luita estudantil na Itália.
Mais umha vez, queremos da Coordenadora parabenizar o trabalho das assembleias e encorajar nesta última manifestaçom do ano lectivo a continuar a luita no próximo ano, com mais forças e energias renovadas.

A VITÓRIA É NOSSA!
NOM AO PROCESSO DE BOLONHA!

Manifesto lido pola companheira de Física:

Concentramo-nos hoje para evidenciar um conflito que foi silenciado polos meios de comunicaçom empresariais e partidistas, para protestar contra a imposiçom dumha reforma universitária que as altas instâncias do governo e da universidade se encarregárom de OCULTAR INTERESSADAMENTE, obrigadas polos seus compromissos com as empresas, E NOM COM O ESTUDANTADO.
Porque disso trata o plano de Bolonha. Quando falamos da mercantilizaçom do ensino, estamo-nos a referir a isto mesmo: à diminuiçom de bolsas, à suba de taxas, à extensom do mercado das hipotecas aos estudantado, à segregaçom laboral e precarizaçom a que se condena às tituladas de grau, à elitizaçom do ensino nuns pós-graus e masters que ninguém poderá pagar, a configuraçom de estudantes própios de cadeias de montagem expropiando o seu tempo de vida ao multiplicar o nosso tempo académico...
Nas faculdades podemos encontrar a informaçom que a USC se digna a dar-nos sobre o EEES. Uns patéticos trípticos nos quais se fala das melhoras na mobilidade, etc. ALGO QUE POR OUTRA PARTE É UM ENGANO: vendem a mobilidade como a legitimadora para a aplicaçom do EEES, da homologaçom da nossa universidade e da implantaçom dos ECTS quando esta mobilidade o que implica é que as universidades europeias tenham que competir por oferecer um serviço num mercado internacional, um serviço, entendido como mercadoria que se nutre de clientes, isto é, empresas e estudantes.
Esta competiçom dentro de um mercado único europeu polo diferentes clientes, reproduz o modelo dos Estados Unidos de América, onde se farám evidentes as graves consequências que a mobilidade conleva como a fuga de cérebros e a fuga de financiamentos dando lugar a universidades de primeira e universidades marginais. Portanto, até as vantagens que nos vendem SOM MENTIRA.
E por que fam esta reforma universitária? Para estender as regras do mercado ao ensino, convertendo o direito ao conhecimento num campo mais no que comerciar.
Isto tem como consequências, além das já citadas, QUE NA UNIVERSIDADE NOM SE VAI ENSINAR NADA QUE NOM SEJA RENDÍVEL EM TERMOS ECONÓMICOS.
Porque o ensino é um direito e nom um negócio:
NOM A BOLONHA!
NOM AO EEES!

1 comentário:

Universidade Popular disse...

Olá, desculpa o equívoco. Ele já foi corrigido. Todo apoio à luta da juventude galega!