Crónica da última concentraçom na praça de Maçarelos
A concentraçom da quarta-feira 28 estava convocada para as 13h30 em Maçarelos, mas um grupo de pessoas da Coordenadora combinamos às 12h para agitar as salas de Filosofia e História. Consistiu num reparto dos panfletos editados pola Coordenadora, informar brevemente do Processo de Bolonha e da existência e actividades da Coordenadora. E também convocamos para acudir à concentraçom. Foi esta umha boa ideia já que na concentraçom vírom-se caras novas de pessoas que estavam nas salas.
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Às 13h30 despregamos a faixa diante da faculdade de Filosofia, mas esta concentraçom parecia nom ter muito sucesso devido a que chovia bastante. Decidimos entom entrar em História, onde se unírom @s companheir@s das aulas e chegamos a ser umhas 60 O ambiente começava a animar-se, percorremos os corredores desta faculdade gritando com o megafone, repartindo panfletos e lançando algum petardo nas lixeiras. Fomos à biblioteca, onde interrompemos, esperneando e gritando o prazenteiro estudo de quem ali estava. A nossa luita é polo direito ao saber, o direito ao conhecimento e a autoorganiçar os nossos estudos; e polo tanto contrária a umha universidade que cada dia é mais confeccionada ao serviço dos interesses dos nossos futuros patrons, polo qual passar antes do ingreso no precário, hiperexcitado e selvático mundo laboral que nos agarda e no que o desejo de saber é relegado a um segundo plano.
Saimos da faculdade e dirigimo-nos com firmeza à praça da Galiza, lançando petardos e nom sem antes fazer umha paragem diante de Pizza Móvil, gritando consignas tipo "O nosso futuro está aqui". Chegamos à praça da Galiza e despregamos a faixa grande para cortar o trânsito durante meia hora, a de maior trânsito nesta rua. Foi aqui quando avistamos um carro dos Prosegures, os quais atacamos com consignas tipo "Nom som trabalhadores, som repressores, "Procura um trabalho de verdade", fazendo estes indivíduos ouvidos moucos aos nossos gritos desmedidos.
Decidimos voltar entom às ruas da Zona velha, amenizando a manifestaçom em todo o momento com a sirene do megafone, as consignas e o som dos petardos.
E chegou o momento culminante: caminhamos em direcçom ao Obradoiro com decissom e ainda que todo o mundo sabia que entrar na Reitoria nom era previsto nesse dia, foi impossível conter-nos, estávamos eufóric@s e com ganas de briga, o barulho do petardo bateu-nos no sangue e afectou-nos. Irrompemos entom na Reitoria com um estoupo à porta e o olhar fixo na porta do gabinete do Seném Barro. E batendo no chao e gritando, dirigimo-nos ao nosso alvo.
Com todo este barulho saem três pessoas do gabinete e exigimos umha entrevista com o Reitor. Estes respondem que o Reitor nom se achava em Compostela já que estava numha viagem em Lisboa, o qual nom acreditamos e começamos a gritar "Seném, sai de baixo da mesa", "Seném, vende os teus filhos", ou "O que fai em Lisboa? Vender a universidade!". Eles insistem em que nom está, mas vendo que nom tínhamos pensado ir embora, a Vice-decana oferece-nos umha entrevista. Esta admite, na breve entrevista de umha pergunta, a existência de convénios com empresas privadas. Nós, perante esta afirmaçom, continuamos gritando, enfadad@s, as consignas; e só recebemos da Vice-decana insultos como "maleducados". Nós respondemos com o coraçom a ponto de nos sair pola boca que "estamos chatead@s e que nom há educaçom que valha". É umha hipocresía apelar á educaçom quando eles estam a vender a universidade, acabando com o ensino publico e colaborando com o processo de completa precarizaçom da vida
da mocidade… Quem é aquí a maleducada?
Após isto, abandonamos a Reitoria e vamos para Medicina, onde espalhamos por todo o chão as Gazeta Universitária (esse panfleto do grupo recoletos, multinacional da manipulaçom do banco Santander), e todos os panfletos que oferece a USC sobre o estupendo EEES, no que se eliminam talhantemente os pontos mais conflictivos do plano e se apela ás melhoras na mobilidade (que por outra banda som prácticamente inexistentes). Logo baixamos à cafetaria, onde só estivemos uns minutos gritando e demos por acabada a concentraçom, comentando o rotundo sucesso que esta tinha.
5 comentários:
Muito bom trabalho.Nom puidem assitir a nengunha das concentraçons por problemas com o horário, mas na próxima ali me teredes!Parabéns!
Pois dende o meu ponto de vista é vergonzoso. Non asistín (entre outras cousas tiña exame ese día, e que un grúpiño entrara na biblioteca ao grito de "deixade de estudar e loitade por una vez na vosa vida" consideroo inadmisibel, sobretodo cando alguns levamos anos e anos, dende o liceu, de loita politica e estudantil), non gosto dos grupusculíños. Polo que leo no texto, e polo que contaronme, a desorganización foi palpabel, ninguen sabia que facer, a onde dirixirse etc. Non considerades que é mellor facer un traballo previo de unir a todos os estudantes e logo convocar una manifestación de toda a USC e non minimanifestacións de 20 compañeir@s?
Saúde e Republica!!
Os Borbóns áos tiburóns!
Son o de antes, cando digo a todos os estudantes refirome, aos que participan en cousas cando se fan ven, con tempo, etc. Nos tempos que corren e moi dificil movilizar a TODOS os estudantes.
Un saudo de clase
A concentração foi um "rotundo sucesso"?? Acho que poucos pensam isso... mais bem foi um fracaso. É bem certo que temos que agradecer o trabalho da Coordinadora, mas a concentração de Maçarelos foi uma vergonha, começando pelos insultos aos estudantes que naquele momento estavam na biblioteca de história. Isso chama-se SER REACCIONÁRIO. Lutar contra o processo de Bolonha não é fazer um "parque temático da revolução".
Porém, sigo a insistir em que temos de agradecer o vosso trabalho, e poder ajudar-vos mais.
grupusculíños? Hoxe en dia, ante a desmovilicación masiva que hai, non sei que outra cousa podemos facer para que se apunte máis xente ao tinglado. Empapelamos os cámpus varias veces, organizamos concentracions, repartos de panfletos... eu non vou ir buscar a ninguén á súa casa, eh? Se tes algunha idea brillante, coméntaa, non a gardes para ti, :).
E outra cousa, se "non estiveches" na concentración, por que a avalías? Que xeito propós para "unir a todas as estudantes"? Eu penso que aquí sobre o falar e falta o traballar...
Ah, e para "o outro" anónimo, iso dos insultos é unha bola como a catedral... non intoxiques que para iso xa nos chegan os medios de comunicación... A política se fai á cara. Non botes merda para destruir un bo movemento.
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